MEU BDSM

Por Mestre Len Hard

            Já faz tempo que escuto de vários colegas e amigos no mundo BDSM, que cada um faz o SEU BDSM. Eu sempre achei que o BDSM fosse uma atitude em grupo, mas recentemente tenho entendido a colocação de MEU BDSM.
            O “MEU BDSM” não deve ser pré-julgado, nem aceito ou agradar a todos, ele deve sim agradar a quem o pratica, seja lá quem for com quais atitudes ou posições. Infelizmente por muitos anos não compreendendo este ensinamento, eu pré-julguei muita gente em comparação com o “MEU BDSM”.
            Para falar a verdade BDSM é um geral, todos que o praticam tem alguns pontos em comum que se cruzam, mas fica só aí as igualdades e o começo das diferenças. Como não estou aqui para falar do BDSM de outros e sim do “MEU BDSM”, e as explicações já foram muitas, vamos aos fatos de meu aprendizado.

            Sou um Dominante que aprendeu a ARTE do BDSM com diferentes pessoas (Desde o PINHEIRINHO até o Clube Dominna), tive um Mentor (Lord Vahmp of Kasra, amigo e irmão), que me ensinou muito da visão de fora do Brasil, desenvolvi boa parte de minha liturgia dentro de GOR e aprendi a importância do Fetichismo Visual, primeiro no Projeto Luxuria e em seguida na minha festa Exotic Fetish (Duas visões da mesma moeda).

            Depois de muito pensar, tentar reinventar a roda várias vezes, comecei a idealizar o que era o MEU BDSM. Alguns falam que instituições são falidas, eu já não acredito nisso. Para mim uma boa organização, com poucas regras, mas bem claras, evita muito constrangimento. Isso aprendi com os ensinamentos de SSC através de contato com os primeiros amigos no Dominna. A coisa é tão simples, não segui-la e tentar reinventar a roda já complica demais.

            Em GOR eu aprendi a força da liturgia e como a mesma pode restringir suas vontades. De fato GOR tem RITUAIS (Leiam RITUAIS como LITURGIAS) muito bonitos, e muitos tipos, tantos que a grande maioria nem é praticado, mas foram de grande importância. Estes RITUAIS se bem aplicados podem trazer grandes gostos para todos, além de serem significativos e serem visualmente bonitos, sem cair no clichê teatral.

            Um aparte neste relato, por favor peço às pessoas que não tentem mais reinventar a roda. Se não sabem o que é uma LITURGIA BDSM, por favor vamos pesquisar, ler e nos inteirar, já que toda uma cultura não pode ser ATACADA pela demonstração de um liturgia isolada. Quem quiser comentar este A PARTE fique a vontade, depois posto um tópico dedicado à isso.

            O Fetichismo, você nunca entende o fetichismo até vivenciar. Ler o significado de FETICHE é muito fácil e pré-julgar uma pessoa fetichista dentro do BDSM como PUTA, VIADO ou SAFADO é muito CÔMODO. Se há uma coisa que aprendi é que CADA UM TEM SEU FETICHE, e principalmente se você quer que o seu Fetiche seja respeitado (independente de qual ele for) tem que respeitar o Fetiche dos outros.

CARACTER PESSOAL É OUTRA COISA E NÃO DEVE NUNCA SER MISTURADO COM O FETICHE

            FUNDINDO todas estas visões, e agradecendo cada pessoa que nestes anos me mostrou varias parcelas deste universo, eu Mestre LenHard, finalmente compreendi o MEU BDSM. Traduzi todas estas versões do mesmo tema, como a CASA SERPENTIS.
CASA para mim é o lugar onde se encontra a família, conforto e segurança, exatamente o que uma relação BDSM deve passar a seus praticantes.
            Como adoro títulos, liturgias (leia pequenos rituais no dia a dia), fetichismo e praticas do BDSM, todas de certa forma estão incluídas na CASA SERPENTIS.
Em breve posto mais sobre a CASA SERPENTIS, seus significados, símbolos (algo que também adoro criar), rituais e organização.

Obrigado por lerem meu relato e espero de coração que tenham apreciado.

Comentem se for de seu desejo.

“Anima, Mente, Corpusù

1 comentários:

EXOTIC FETISH disse...

Meste Lenhard,

É com enorme carinho que entro neste blog, e pretendo seguí-lo...
Li o que escreveu,senti o que você passou e viveu na péle!
Sei que isto ocorre...sou uma dominadora,que também,como você vivi conflitos...Mas o tempo,aliado aos amigos do nosso Universo e boas leituras,me auxiliaram e ainda me auxiliam...
Tudo o que você escreveu...eu concordo,pois temos nossos fetiches, e não apenas vivemos deles..temos o nosso lado pessoal.Aliás temos que sermos integros!!!...e só consigo ver uma relação sadia no BDSM, se conseguimos ter a nossa integridade e nossos valores, aí sim agregarmos o nosso lado fetichista!
Julgamentos ocorrem..ocorrem..mas quem é que nos julgam?? porisso querido Mestre...temos nossas individualidades,tanto à nivel fetichita como pessoal..O primordial é o Respeito!!!
Antes..de sermos dominadores/submissos..somos seres humanos..e está é a grande diferença!
Parabéns pelo blog!
Beijos Dourados!!!!

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